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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

AVCH e 2 cirurgias


Era 07/09/2011, feriado... passamos um dia normal, eu, meu namorado e minha sogra, com 57 anos, almoçamos junto na mesa, tomamos café da tarde,  após isso tiramos todos um cochilo, a noite minha sogra foi na igreja (somos da Adventista da Promessa), e eu e meu namorado fomos na pizzaria.
Terminado o culto, ela nos liga para irmos buscá-la, normal, falando... chegamos lá, ela veio amparada por um amigo, achamos que fosse a pressão, pois ela havia tido alguns problemas com ela no incío do ano, ela estava sentindo uma forte dor de cabeça e nuca rígida, falava normal porém pela voz vc podia perceber a dor que ela estava sentindo.

Ela estava dando um testemunho na igreja devido a uma graça alcançada referente a um emprego, e após o testemunho, sentou e sentiu a nuca rígida e as pernas travaram (porém logo voltaram), a levamos ao UPA (Unidade Pronto Atendimento), diagnosticaram alteração na pressao, medicaram para dor de cabeça e pressão, no UPA ela vomitou.

Foi embora, dormiu, e acordou com a memória falha.. perguntando de em minutos que horas eram, e a dor na cabeça ainda existia, embora menor. Meu namorado deu remédio pra dor de cabeça, e ela dormiu novamente, após 1 hora acordou com a mesma memória... Ele desconfiado a levou num neuro, no mesmo dia fez a tomografia, e o neuro diagnosticou AVC hemorrágico, com suspeita de ter sido provocada por um aneurisma, foi transferida para um hospital público da cidade onde possuia aparelho para exames, passou a noite esperando uma vaga na UTI, logo pela manhã foi para a UTI, na hora do almoço fez o exame, realmente era um aneurisma que havia se rompido do lado direito do cérebro. Minha sogra sempre foi saudável, andava pra todo lado a pé

O dr a levou direto para a sala de cirurgia (09/09/11) para clipar o aneurisma, e tirar uma calota do crânio para diminuir a pressão intracraniana e ter espaço, pois cérrebro iria inchar, foram 5 horas de espera angustiante, nós 2 e algumas visitas ao longo destas 5 horas na sala de espera... Ao fim da cirurgia o dr disse que ao clipar a veia, ela se rompeu novamente, o que significaria qse 100% do lado esquerdo do corpo ficar paralisado, pois com o rompimento teve q ser clipado 3 x, comprometendo o fluxo de sangue daquele lado. Saiu da cirurgia em coma induzido e permaneceria assim sem previsão, passado o final de semana, na segunda-feira meu namorado foi no hospital na hora do almoço para saber como ela estava, o médico informou que o cérebro havia inchado muito, a ponto de pressionar o globo ocular direito, a pupila estava dilatada, se não fizéssemos nada, ela iria morrer, a outra pupila iria dilatar e seria morte cerebral, e que existia uma alternativa como médico, como neuro ele já havia feito tudo o que deveria ser feito, a cirurgia seria retirar uma parte de massa encefálica do lado direito para ter mais espaço para o cérebro se posicionar qdo inchasse mais, mas q essa cirurgia poderia não adiantar em nada e ela tb poderia chocar na mesa...

Caiu o chão.. meu namorado chamou todos que consideram da família para decidir se faria esta cirurgia ou não.. hj parece óbvio, mas no dia não era, entendemos praticamente "sua mãe está morrendo, vc pode esperar ou adiantar a morte dela", ele deu 1% de chances de vida a ela com a cirurgia...
Optamos por fazer a cirurgia, Deus estava dando uma ferramenta para operar um milagre, iríamos usá-la. Antes da cirurgia meu namorado falou para o dr que confiava no potencial dele (e que potencial, excelente médico), e que Deus iria guiá-lo durante a cirurgia.

Ficamos na porta da UTI esperando minha sogra ser levada para a sala de cirurgia, (ainda em coma induzido), ela estava muito pálida e desacordada, tive uma impressão horrível em vê-la daquela forma, mas a todo o momento eu via um milagre, em momento algum eu desacreditei e imaginei nós velando ela... sempre tive fé em Deus.
A cirurgia durou +- 5 horas, e nós 2 naquela sala de espera aguardando... a operação ocorreu tudo bem, ela não chocou na mesa, mas as esperanças dela acordar bem eram mínimas, o médico havia nos dito que ela poderia nunca mais acordar (ficar vegetativa).... continuou em coma induzido por +- 10 dias, entubada, e com traqueostomia, o médico tirou a sedação, e no dia 26/09 ela abriu um olho (esquerdo) e mexia a mão e perna direita bem devagar, no dia 29/09 ela já respondia as perguntas com sim e não piscando o olho aberto... e assim foi, bem lento, mas cada movimento, cada novidade era para glória de Deus.

No dia 12/10 (feriado e niver do meu namorado), minha sogra foi transferida erroneamente (pelo médico plantonista) para o quarto, o médico havia informado que primeiro iria pra semi intensiva, mas assim pudemos passar o dia com ela, a noite foi transferida para a semi.
Com o passar dos dias, ela mexia a boca, mas não saia som, não tinha forças (e estava com a traqueostomia), tentava escrever, mas era cada garranjo que mal entendíamos.
Uns 15 dias depois foi transferida para o quarto, continuada com a traque, se alimentando por sonda... com o passar dos dias, fechávamos a traque e ela conseguia conversar, mas se cansava muito...

No dia 17/11 recebeu alta.. já se comunicava normalmente.
Hoje está em casa, sem a traqueo, sem a sonda (tirou ontem), começou a comer alimentos pela boca, conversa de tudo, ri, conta piada, era uma pessoa muito reservada, hj completamente desinibida, algumas vezes a memória está bem confusa, mistura passado e presente, outras vezes bem lúcida, alguns dias chora, mas não está deprimida... passa muito mais tempo sorrindo q lamentando, ora, pede a Deus para tirá-la daquele leito... tem fé apesar de tudo.

A sequela é o lado esquerdo paralisado (só mais um milagre, que creio, pode fazer os movimentos voltarem), e a memória confusa...algumas vezes tem algumas alucinações, no momento completamente dependente.. mas a recuperação está só no começo.
O outro olho também já abriu, ele não se movimenta normalmente, mas ela enxerga com ele também.
Uma irmã dela de outra cidade está aqui para ajudá-lo, e uma enfermeira o dia todo...
O médico se surpreendeu, e os enfermeiros do hospital também em vê-la viva e tão comunicativa...
Continua sem a calota na cabeça, a cirurgia será planejada daqui uns 3 meses....
A todo momento acreditamos em Deus, que ele operaria um milagre, e Ele o fez, continuamos a crer nele... apesar de todo o milagre, existem dias difíceis que vivemos e que ainda iremos viver... mas cremos no propósito do Senhor, e isto tudo servirá para um gde e belo testemunho do teu poder.
Os médicos tem que ser realistas e falarem o que pode acontecer, eles não sao pessimistas, eles só não podem te encher de esperanças e derepente acontecer o contrário..
Mas entrega e confia no Senhor, que Ele tudo pode!
Eu volto aqui daqui uns meses para contar como está a evolução da minha sogra.

M.M.B - Votuporanga - SP

terça-feira, 15 de novembro de 2011

SOBREVIVER?

Olá, meu nome é Josenice Avelino Camilo, tenho 36 anos sou natural de São Paulo, mas moro em Taubaté há 12 anos, sou Auxiliar de Enfermagem casada e tenho dois filhos. Filha única, meu pai morreu quando eu tinha quatro anos e minha mãe que mora conosco é a pessoa responsável pelas minhas conquistas.

Vou falar da trágica experiência que estou vivendo. Minha mãe Eunice Avelino Batista de 67 anos no dia 2 de novembro de 2011 feriado de finados começou a sentir fortes tonturas, náusea, vômito e fala enrolada (disartria) foi levada ao Pronto Socorro Municipal de Taubaté o mais rápido possível. Diagnóstico médico – crise de labirintite – medicação: Dramin IM, Captopril. Horas depois continuando os mesmos sintomas, nova avaliação, medicação: Plasil EV, Captopril. No final da tarde com a piora de minha mãe foi solicitado uma Tomografia a ser feita em outro hospital, meado da noite avaliação do Neuro – AVC Isquêmico.

Minha mãe passou a noite toda numa maca, no dia seguinte o médico perguntou se ela estava se sentindo melhor, ela fez sinal com o indicador da mão direita dizendo que sim, pois o lado afetado foi braço e perna esquerda e boca lateral direito, passou receita médica e alguns cuidados em casa (alta).

Passando o final de semana aparentemente bem, um pouco sonolenta, se alimentando devagar, recebendo visitas etc.

Na segunda feira sua aparência já era outra, fiquei preocupada fui atrás do médico, onde o mesmo me pediu para levá-la para fazer um raio-X de tórax, pelo resultado o médico viu e disse que seu pulmão estava limpinho e não necessitava de internação. No decorrer do dia ela estava muito sonolenta e quase não conseguia comer, no começo da noite após o jantar percebi que estava gemente e com a respiração ofegante, chamei a ambulância e voltamos para o PS.

Demos entrada na emergência onde logo foi entubada, sedada e que a suspeita médica era Pneumonia e outro AVC.
Minha mãe ficou dentro da sala de emergência desde segunda-feira até sexta-feira quando realizou em outro hospital nova tomografia onde apresentou um AVC Hemorrágico que segundo o médico afetou a parte responsável pelo sono, ela não está mais sedada, está em coma e o único médico que pode acordá-la é Deus.

Agora a minha luta é conseguir uma vaga em UTI pra ela em qualquer Hospital, pois com todos os pedidos de solicitação de vagas, a resposta é sempre a mesma, não há vaga em nenhum hospital do Vale do Paraíba. Como uma pessoa entubada em coma pode continuar dentro de um Pronto Socorro a mais de sete dias eu me faço essa pergunta, quem puder me responder fique á vontade...

sábado, 12 de novembro de 2011

AVC de tronco


Meu nome é Adriana, tenho 43 anos, e no último mês de julho tive 2 AVCs. Estou começando a contar a minha história em http://avccva.blogspot.com/.



Queria poder contribuir para melhorar a vida de quem está passando por isso, ou que conhece alguém que esteja.   Voltei para casa no dia 8 de agosto, com o objetivo de me recuperar totalmente.  Sei que não é fácil, mas sei que podemos lutar contra o que aconteceu...


Já ando, comecei a mexer o meu braço direito (dominante) e penso que vou me recuperar plenamente no próximo ano!  Motivação não me falta!  Temos que nos motivar diariamente, a verdade é essa, mas tudo é possível.  Meu Avc foi no tronco, e quem saba o que é sabe quais os sintomas.  Fiquei no hospital tetraplégica, mas graças a Deus não me lembro disso!  Com muita fono e fisio estou me recuperando bem!

Não fumava, sou uma pessoa saudável.  Minha pressão é mais para baixa! Estou completamente fora do grupo de risco, mas aconteceu! Vou lutar até o final da minha força para me recuperar!


Adriana

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ganhando independência após 4 anos

Meu nome é Clovis, tenho 53 anos. Pertenço a uma família numerosa, sendo o mais velho de cinco irmãos. Sou pós-graduado em Engenharia Civil, casado a cerda de 20 anos e tenho um filho.

Durante toda a minha vida tive amigos, era uma pessoa pouco comunicativa, calmo, estressado, feliz. Gostava de trabalhar na minha área, tecnologia e de dirigir. Sempre trabalhei muito, nos meus momentos de lazer gostava de ouvir rock, ir a shows e concertos. Tinha o hábito de beber bebidas alcoólicas e fumar.

Há cerca de 4 anos tive um AVC, foi muito traumático por que minha mulher e meu filho demoraram para me encontrar. Fiquei cerca de 4 meses no hospital, meu lado direito do corpo ficou paralisado, perdi a visão do lado direito e minha linguagem ficou incompreensível, passei por diversos tratamentos tendo enfermeiros em casa, indo em instituições e hoje em dia profissionais de um serviço de homecare visitam meu domicilio regularmente, recebo visitas de fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterepeutas, médicos, enfermeiros e psicólogos, prefiro que eles visitem minha casa pois sinto muita dor, cansaço e dificuldade pelas limitações do AVC, embora sinto falta de sair de casa.

Em todo esse tempo fiquei cerca de dois anos acamado, hoje tenho relativa independência pois consigo andar com minha bengala, me comunico principalmente através de gestos e sons, cozinho minha comida, lavo a louça, cuido da tartaruga, assisto muita televisão, faço passeios com minha terapeuta ocupacional e faço as atividades deixadas pelos profissionais que visitam minha casa. Hoje em dia me considero mais ou menos feliz , no entanto sozinho e perdi a esperança de melhorar mais.

Minha estória foi reconstruída com minha psicóloga na medida em que eu a contei e gostaríamos de compartilha-la e nos comunicarmos com vocês. Algumas vezes lemos juntos as estórias do site e as mesmas despertam todo o tipo de sentimento em mim, gosto de acompanha-los.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

AVCH aos 29 anos



Meu nome é Priscila, tenho 29 anos evou contar um pouco a minha história.

Em 2002 eu havia acabado de ter meu filho, estava feliz, um dia acordei e fui dar de mamar e senti o braço direito dormente, fui tomar um banho e não consegui levantar o braço direito, falei pro meu pai e ele me levou ao médico. Lá o doutor falou que não era nada, e me mandou pra casa, à tarde começei a ter convulsões, e fui levada ao hospital, lá mais convulsões, o mesmo médico me atendeu e viu que meu caso era grave, me levou direto pra uti, eu tava confusa, depois de uma tomografia o resultado, AVC hemorrágico, foi do lado esquerdo do meu cérebro, eu fiquei sete dias na uti e mais uma semana no quarto, fui recuperando aos poucos e até hoje, quase não tenho sequela, graças a Deus, meu braço esquerdo ficou um pouoco dormente, mas isso é o de menos....minha visão voltou...até hoje eu não sei o que causou isso, nunca fumei, nem bebi, nem tomava anticoncepcional....graças a Deus sobrevivi!!!

FORÇA, GENTE!!
ABRAÇOS

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PEDIDO DE DOAÇÃO DE SANGUE

Doação de sangue direcionada a: Angela Maria Marcondes Machado de Barros - internada na UTI do Hospital Santa Cecília.

Postos de doação:
- Hospital do Câncer (AC Camargo), fica na rua Prof. Antonio Prudente, 211, próximo ao Metrô São Joaquim.
Horário: de 2ª a sábado, das 8 às 17 h
Tel.2189-5000 ramal 2233

- Clínica de Hematologia de São Paulo, fica na av. Brigadeiro Luis Antonio, 2533.
Horário: de 2ª a 6ª, das 8 às 14h
sábado, das 8 às 17:30h
Tel.3372-6611



Angela tem leucemia e aguarda transplante de medula. 
Veja em: http://myrnagioconda.blogspot.com/2011/04/palavras-de-angela-aos-amigos-doacao-de.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

AVC pela manhã


Eu trabalhava em uma tv em Belo Horizonte. Eu levantava todo dia bem cedo, 3 horas da manhã, pois 6 horas começava a trabalhar. O carro da minha empresa me pegava às 5 horas na porta da minha casa.

Mas um dia, 26 de junho de 2007, acordei como fazia todo dia e comecei a me arrumar. No banheiro sofri o meu primeiro desmaio. Com muita dificuldade consegui levantar e fui até a copa do nosso apartamento,onde sofri outro desmaio.

Quando segurei em uma cadeira e a minha irmã escutou e veio ver o que é, me encontrou desmaiada, chamou a ambulância da Unimed e me levou imediatamente para o hospital. Eu tive um AVC isquêmico. Fiquei no cti,onde fiz a cirurgia. Fiquei 9 dias no cti e 20 dias no apartamento.
Depois de 29 dias fui liberada para a minha casa,quando teve início a luta para a superação.Primeiro fiquei em uma cadeira de rodas .
Em casa, comecei fazer fisioterapia. 

Hoje, depois de 4 anos já estou andando com a ajuda de uma bota,que chamam de tutor. Fui obrigada a deixar a minha profissão de lado e hoje, já estou aposentada.
Nesta hora os amigos somem,contamos mesmo com a família. Graças a deus a minha irmã me deu apoio e aos estou superando, mas é um caminho longo.

Procurei me informar sobre os tratamentos novos, como o transplante de células-tronco,mas as informações são poucas, ainda no ar. Estou fazendo o que está disponível,como a fisioterapia, terapia ocupacional, aplicação de botox.Aos poucos estou melhorando,embora a recuperação seja lenta.

Luciane – BH - MG

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

P A R T I C I P E!


Cada caso é um caso. Sua experiência é única. Com ela, poderá ajudar os que vivem situações semelhantes.
Escrevam para: sobrevivi.avc@gmail.com


A todos que nos enviam depoimentos, pedimos a gentileza de se identificar, nos fornecendo seus e-mails. Dessa forma, podemos esclarecer dúvidas e dar um retorno personalizado, sem ser apenas na área de comentários. Prometemos sigilo. Só publicamos o endereço eletrônico quando autorizados.

Dor de cabeça e aneurisma

Tive um avc hemorragico no dia 02/01/11.


Estava na residência da minha irmã, reunidos em familia num domingo tipico de churrasco. Estávamos todos numa varanda batendo papo quando de repente senti uma forte dor de cabeça que jamais tinha sentido dor igual. Os lados do rosto esquentaram, fiquei com dificuldade auditiva,dificuldade de respirar, a visão turva e o lado esquerdo todo dormente. Suava muito, chamei meu esposo e so consegui dizer que estava passando mal. Foi quando me levaram para o quarto da minha irmã. Aí eu vomitei e em seguida desmaiei. 


Fui socorrida por meu esposo e minha filha até o pronto-socorro onde graças a Deus tive atendimento rápido. Fui submetida a exames e foi detectado uma aneurisma e eu tinha que ser operada o mais rápido, só que o SUS tinha suspendido o fornecimento das molas aí minha prima entrou com um processo contra o estado para agilizar a chegada dessas molas. Isso durou quase 15 dias, mas graças a Deus tudo correu bem e no momento da cirurgia o aneurisma rompeu de novo. Mas deu tudo certo. Passei 40 dias no hospital, e apesar de tudo esta bem eu vivi momentos muito difíceis quando percebi que não andava. Mas com a fisioterapia estou andando. Só lamento nao ter sensibilidade, mas diante de tudo isso estou feliz e agradeço ao meu bom Deus a oportunidade de viver novamente e agora é saber viver da melhor maneira mesmo tendo minhas limitaçoes. Mas é muito bom saber que pessoas como eu estão contando a sua historia e isso é gratificante, e o que desejo é que todos que passaram por isso sejam abençoados por Deus e vida nova para todos nós.


É muito dificil para quem sofre um AVC conviver com tantas dificuldades. A família ,os amigos e as orações são muito importantes para nós pois ajuda muito na recuperação e para quem está hospitalizado eu desejo que Deus encha o coração de fé e esperança e acredite que para Ele nada é impossível, e que devemos ter força e coragem para encarar a situação. Um abraço forte do tamanho dos muitos abraços que recebi e que recebo até hoje, fiquem com Deus e que ele nos ilumine sempre.


Ione Lins - Maceió - AL

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

AVC no cerebelo



Eu tinha feito 36 anos em 25/01/2008 e em 05/02/08 sofri o primeiro avc. Fui almoçar na casa de amigos, voltei dirigindo e comecei a passar mal, enjôo, vômitos e diarreia. Fui perdendo a coordenação e a fala também. Dormi, sofri o AVC, no dia seguinte minha mãe foi me ver. Me levaram ao hospital e acharam que eu estava bêbada, me deram glicose na veia. Entrei em coma, minha glicemia baixou, cheguei a glascow 7 (nível de consciência), fui encaminhada ao hospital, referência em neurologia no DF


Fiquei em coma por 18 dias. Quando acordei arranquei os tubos da minha boca, os médicos não sabiam o que havia acontecido, pois eu não me enquadrava num perfil de AVC. Fiquei cega, sem nenhum movimento, não conseguia controlar meus músculos, tinha feito uma cirurgia para colocar uma válvula DVE, tinha tido hidrocefalia também. 


Bem, sou espírita, disse que havia uma legislação que protegia. Queria ir para casa, pois haviam diagnosticado que eu não tinha esperança de recuperação. 


Após 26 de internação tive alta. Fui pra casa carregada e sem conseguir comer. Tinha ainda por cima incontinência urinária, eu estava usando fraldas. Como estou hoje: Levei meses para conseguir comer sólido. 


Meu AVC atingiu o cerebelo do lado direito. Com uns 6 meses tirei as fraldas, já comia sólidos e já caminhava um pouco me segurando nas coisas.


Fui ao neuro, nada de conclusivo, parti pro alternativo. Fiz acumputura, fono, fisio, psicólogo, massoterapia e hoje vejo quase norma, perdi a visão lateral esquerda, ainda tenho a síndrome da mao alheia, mas aprendi a usar o cérebro e quase não tenho mais problemas, não uso fraldas, tenho ainda problemas de equilíbrio. Não posso mais trabalhar, mas cuido de cães, já consigo tosar, tenho um filho de 12 anos, moro só e estou ainda em recuperação, mas estou muito bem obrigada. Tenho muita força de vontade e estou vencendo. Já fui aprovada pela rede de hospital Sarah, estou aguardando ser chamada e não fiquei com seqüelas físicas aparentes, graças a Deus. 

Renata, uma sobrevivente.
Planaltina - GO

sábado, 15 de outubro de 2011

P A R T I C I P E!


Cada caso é um caso. Sua experiência é única. Com ela, poderá ajudar os que vivem situações semelhantes.

Escrevam para: sobrevivi.avc@gmail.com

A todos que nos enviam depoimentos, pedimos a gentileza de se identificar, nos fornecendo seus e-mails. Dessa forma, podemos esclarecer dúvidas e dar um retorno personalizado, sem ser apenas na área de comentários.

Prometemos sigilo. 

Só publicamos o endereço eletrônico quando autorizados.

Fabiana: História de um milagre


Sexta-feira, 29 de agosto de 2008. Fabiana está sedada, num leito de observação do pronto socorro do Hospital Life Center, em Belo Horizonte. Eu, Sérgio, seu pai, e Lourdes, sua mãe, aguardarmos aflitos e apreensivos o diagnóstico médico, depois de tantos exames, pois desde meio dia ela está no hospital, e já passam das cinco da tarde.

Fabiana é uma moça de 24 anos, alegre, extrovertida, de sorriso largo e fácil, e está muito feliz, por vários motivos. Desde que se formou jornalista, há dois anos, havia conseguido o primeiro emprego na sua área, por ela mesma, e estava em sua primeira semana de trabalho. Havia começado na segunda-feira e estava radiante com o emprego e com as pessoas com as quais trabalhava.

Na noite anterior, de quinta-feira, havia tido a primeira aula num curso de pós-graduação. Faria uma especialização em Marketing, pois acreditávamos, eu e ela, que esse curso poderia ajudá-la em sua carreira profissional.

No campo afetivo, não poderia estar melhor: três meses de namoro, vivendo uma paixão arrebatadora por Rômulo!

Tudo ia muito bem com a vida de Fabiana, exceto aquela forte dor de cabeça que a incomodava já há praticamente uma semana, e que já a levara a dois hospitais diferentes nesse intervalo de tempo. Em ambos (Vera Cruz e Socor), o diagnóstico foi de enxaqueca e a receita de analgésicos.

Nessa sexta-feira, 29, ela acordou com a tal dor de cabeça, que estava ainda mais forte. Chegou a fazer vômitos antes de sair para trabalhar. Foi trabalhar assim mesmo, pois disse que tinha um serviço importante para fazer e que, com uma semana de trabalho, não dava para faltar. Saiu mas não demorou muito. Disse que não tinha condições de andar até o ponto do ônibus. Eu a levei de carro para o trabalho.


Por volta das 11:00 hs meu telefone toca e Fabiana, do outro lado da linha, está aos prantos. A dor de cabeça estava insuportável e pedia para eu ir buscá-la no trabalho. Imediatamente eu e a mãe fomos ao seu encontro e, lá chegando, não tive dúvidas: levei-a para o hospital mais perto, o Hospital Life Center. Era por volta do meio dia.

Às 17:50 hs o médico, Dr. Cláudio Lima, neurologista, com o resultado da tomografia em mãos, nos chama e dá o diagnóstico: “Sua filha tem uma hemorragia cerebral gravíssima! O quadro dela é muito grave e ela tem que ir para o UTI agora, não pode nem se levantar dessa cama!”

Tudo rodou à minha volta. Minha esposa, Lourdes, caiu em prantos. Tiraram o chão sob nossos pés! Não podíamos acreditar no que estávamos ouvindo! Mas era a realidade, nua, crua, doída, como um punhal transpassando nossas vísceras!

Comecei então a ligar para os parentes e amigos e avisar o que havia acontecido. A primeira pessoa com a qual falei com minha prima Cecília. Ao telefone, ela me disse:“! Vai dar tudo certo! Vamos rezar, pedindo a intercessão dele e você vai ver que tudo vai dar certo, tudo vai ficar bem!”

Numa segunda ligação, falando com minha madrinha, Marlene, eu já aos prantos, ouvi dela a mesma coisa: Meu filho, não chore! vamos pedir a ele pela Fabiana! Você vai ver como tudo vai acabar bem!”

No dia seguinte, sábado, era o dia da Festa do Beato Eustáquio e já havíamos feito planos, para ir à missa, passear pela praça da igreja, pelas barraquinhas....Planos adiados, sonhos adiados!

Em pouco tempo os parentes e amigos começaram a chegar ao hospital (Stela, minha concunhada foi a primeira a chegar para confortar a mãe, nos dar seu abraço, seu apoio).

O médico nos disse que faria um cateterismo para saber se tratava de um aneurisma ou não, enfim, para ter um diagnóstico mais assertivo.

Depois do cateterismo, realizado após às 20:00 hs, foi constatado que não se tratava de um aneurisma, mas sim de uma trombose cerebral, um “entupimento” da principal artéria do cérebro e, por conseqüência, um derrame de grande quantidade de sangue no cérebro. O quadro, segundo o médico, era gravíssimo e não havia nada a fazer a não ser esperar pela reação da Fabiana. Por volta das 22:00 hs fomos autorizados, eu e a mãe, a vê-la na UTI.

Não sei como conseguimos passar aquela noite de sexta para sábado, mal arranjados em dois pequenos sofás na recepção do 18º. Andar, entre o bloco cirúrgico e a UTI. Eu, minha esposa Lourdes e o namorado da Fabiana, Rômulo, que esteve o tempo todo ao nosso lado, durante todo o período de internação dela.

Sábado, 30/08. As visitas só eram permitidas às 10:00 hs, às 16:00 hs e às 20:00 hs.
Não cabíamos dentro de nós, tamanha era nossa ansiedade em ver nossa filha, em falar com ela, em saber se estava tudo bem. Nas três visitas, ela estava relativamente bem, consciente, conversando. Na última, das 20:00 hs, ela chegou a dizer que perderia o futebol italiano que ela gostava de acompanhar pela TV aos domingos. Fomos para casa, afinal, nosso filho, Rafael, estava sozinho em casa e também precisava de nós. Antes de me deitar, me lembrei das palavras da minha prima Cecília e da minha madrinha Marlene e fiz uma súplica ao , para que intercedesse junto a DEUS em favor da vida da nossa filha.

Domingo, 31/08. Chegamos cedo ao hospital e, na primeira visita, a das 10:00 hs, notei que a Fabiana falava muito “arrastado”, que seus olhos mal se mantinham abertos e a sua aparência, de um modo geral, não me agradava. Perguntei à enfermeira responsável pelo leito dela o que estava acontecendo e ela me respondeu que Fabiana estava sob efeito de fortes sedativos em função da dor de cabeça. Não “engoli” aquela resposta e me veio uma sensação ruim, um “aperto” no peito, e, ao final da visita ela sequer respondia o que falávamos com ela. Terminado o horário de visita, voltamos para os bancos em frente à UTI e ali ficamos atentos a todas as movimentações.

Pouco mais de uma hora depois, nos chamam ao balcão de entrada da UTI e nos avisam que o estado de saúde da Fabiana havia piorado; que ela já não respirava mais sozinha (havia sido entubada) e que havia entrado em coma.
Por volta do meio dia, chega o neurocirurgião, Dr. Ricardo de Souza Quadros, que nos chama e diz que a situação dela era gravíssima e que deveria ser operada imediatamente, para retirada de parte da calota craniana, pois o seu cérebro estava inchando muito e já não cabia mais na cabeça. Disse que a cirurgia era de altíssimo risco, mas que era a única alternativa no momento. Fabiana foi então levada ao bloco cirúrgico e foi submetida a uma cirurgia por mais de 4 horas.

Avisados, parentes e amigos vão chegando ao hospital e logo lotam o 18º. Andar. Unidos em preces, orações e súplicas, todos intercedem pela vida de Fabiana, ao mesmo tempo em que procuram nos confortar, especialmente a mãe, que está arrasada, inconsolável.

Nunca vou me esquecer da cena: chega uma das melhores amigas da Fabiana, Fernanda, já aos prantos, com sua mãe, Clara. Clara retira da bolsa, tremendo muito, mal conseguindo falar, uma oração do o, entrega à minha esposa e diz: 
Minha esposa, naquele momento, não estava em condições de escutar nada. Peguei das mãos dela a oração do e, desse momento em diante, todas as noites, antes de me deitar, e todas as manhãs, ao me levantar, rezava aquela oração e pedia, fervorosamente, a intercessão dos céus

Lá pelas cinco da tarde, terminada a cirurgia, o Dr. Ricardo me diz que fez o que foi possível, mas que o quadro continuava gravíssimo e que não se podia fazer mais nada, apenas esperar pela reação dela. Não nos deixaram mais vê-la e, lá pelas nove da noite nos convenceram a ir para casa, já que ali não poderíamos fazer nada.

Depois daquele dia terrível, um dos piores da minha vida, eu e minha esposa nos deitamos e tentamos dormir, mas era impossível. Recostamos na cama para esperar o dia clarear para voltar ao hospital. Já passava das 23:30 hs quando o telefone de casa começa a tocar de maneira insistente, rasgando o silêncio daquela noite de domingo.
Eu não queria atender, porque, ao primeiro toque, me veio um aperto no coração e um calafrio e senti (não sei explicar como) que era uma ligação do hospital. Deixei tocar várias vezes, até que minha esposa, sobressaltada, me pediu para atender. Disse a ela que deveria ser alguém querendo saber noticias da Fabiana e que no dia seguinte a gente daria retorno. Ela não aceitou minha reposta e disse que poderia ser do hospital e se levantou para atender. Pulei à frente dela e atendi. Do outro lado, alguém se identificou como sendo enfermeiro da UTI do Hospital Life Center e que era para irmos para lá o mais rápido possível, pois a Fabiana havia falecido.

Nesse momento, minha esposa, colada a mim, ouviu tudo e se descontrolou completamente. Ela gritava e, aos prantos, bradava: “Senhor, a minha filha não! Eu quero a minha filha de volta, Senhor! Por favor, me devolve a minha filha! A minha filha não, pelo amor de Deus!” E quanto mais eu tentava acalmá-la, quanto mais eu tentava consolá-la, mais ela gritava, mais ela clamava, mais ela implorava a DEUS por nossa filha!

Liguei então para parentes e amigos e rapidamente Cecília e Silvana, primas queridas, chegaram lá em casa e me ajudaram com minha esposa. Colocaram uma roupa nela para sairmos para o hospital. Tirei o carro da garagem e fiz voltas enormes, até parei para abastecer o carro. No fundo, eu não queria, de forma alguma, chegar ao hospital, pois sabia que lá teria que enfrentar uma situação que, com certeza, seria a mais difícil da minha vida: deparar-me com minha filha morta.

Como demorei a chegar, alguns amigos e familiares chegaram antes de mim. Minha esposa passou mal no trajeto, desfaleceu por duas vezes, e, por isso, fui primeiro ao pronto socorro do hospital, para que a medicassem antes de subirmos para a UTI. Enquanto ela estava sendo atendida no pronto socorro, meu telefone celular tocava insistentemente, chamado sempre pelo mesmo número. Atendi ao João, amigo de longa data, que me perguntava onde eu estava e aí expliquei toda situação a ele. Ele então me disse: Eu já estou aqui no 18º. Andar, na UTI e estou ao lado do médico de plantão e do Rômulo . Fabiana não morreu, está muito mal, o quadro é gravíssimo, mas ela vive!”


Todos os que estavam ao meu redor, ao ouvirem essa notícia, imediatamente passaram a dar graças e glórias a DEUS! Minha esposa, já sedada, encontrou ainda forças para louvar e bendizer a DEUS e dizer: ELE ouviu as minhas preces. Ele ressuscitou minha filha, assim como fez a Lázaro!”

Corremos todos para o 18º. Andar, onde o médico nos disse que deveria ter havido algum engano, que ninguém do hospital disse que ela havia falecido, mas que ele havia sim mandado ligar para nós, para que fôssemos ao hospital com urgência porque ele não sabia mais o que fazer, que tudo que podia ser feito ele já tinha feito e que o quadro dela se agravava a cada momento, e que ele não poderia garantir a próxima hora de vida dela. Parentes e amigos, todos se juntaram a nós e, no corredor do hospital, fizemos uma corrente de orações, agradecendo a DEUS por essa nova oportunidade, por essa nova chance para a Fabiana e, ao mesmo tempo, pedindo pela sua vida. O médico então permitiu que, dois a dois, todos os presentes fossem vê-la no leito, como se fosse uma despedida. Eu e a mãe entramos, oramos, e dissemos a ela, ainda que estivesse em coma, ainda que não pudesse nos ouvir ou compreender, que DEUS estava com ela e, se ELE estava com ela, ela não pereceria, que era para ela lutar pela vida dela com todas as forças que lhe restavam. Pouco depois, minha esposa desmaiou, em função dos fortes sedativos que lhe foram aplicados no pronto socorro e teve que ser carregada para casa e para sua cama.

Tempos depois, quando Fabiana ainda estava internada no Hospital Life Center, uma funcionária da limpeza, Mônica, procurou minha esposa e confirmou que, naquele domingo, 31 de agosto, Fabiana havia sido declarada morta e que ela, Mônica, foi chamada para arrumar um local para velarmos o corpo dela assim que chegássemos ao hospital.

Segunda-feira, 1º. De setembro. “Moídos”, “destroçados”, “arrasados” pelos acontecimentos de domingo, fomos cedo para o hospital novamente, aguardando as noticias e a visita das 10:00 hs. O quadro de gravidade aguda se mantinha, nenhum sinal de melhora e, logo depois da visita das 10:00 hs, por volta das 11:00 hs, nos chamam novamente e nos dizem que a situação da Fabiana está insustentável e que o médico estava chegando para conversar conosco.
Mais uma vez o Dr. Ricardo me chama à porta do bloco cirúrgico e me diz, textualmente: “Sérgio, se eu não operar a Fabiana agora ela morre em duas ou três horas. Se eu operar, as chances dela sobreviver são mínimas. Ela não tem mais do que 1% ou 2% de chance de sobreviver!”

Eu o respondi dizendo que ele a operasse e que fizesse o melhor que pudesse fazer porque, do lado de fora, estaríamos todos orando e pedindo a DEUS que o iluminasse e que o utilizasse como instrumento para a salvação da Fabiana.

Quatro horas e meia depois, antes que ela saísse do bloco cirúrgico para a UTI, o Dr. Ricardo me chamou à porta do bloco e me disse: “Fiz o que foi possível, mas a cirurgia foi muito “brava”! Se ela sobreviver, ela nunca mais vai andar e nunca mais vai falar, porque tive que cortar massa encefálica dela que já estava necrosada. Não há mais o que se possa fazer! Só aguardar!”

Ainda que eu viva 100 anos, jamais me esquecerei dessas palavras do Dr. Ricardo.

Novamente parentes e amigos tomaram conta do 18º. Andar do hospital e com muita oração, com muita fé, intercederam conosco em favor da vida da Fabiana. Ao terminar a cirurgia, quando passaram com ela na maca, de um lado (bloco cirúrgico) para o outro (UTI) do andar, todos se levantaram e, uníssonos, entoaram um “Pai Nosso” e uma “Ave Maria”. Cena linda, emocionante, que jamais esquecerei!

Bem, a estória é longa! Afinal foram 72 dias de internação, sendo 20 na UTI e 52 num apartamento. Nesses 52 dias de internação no apartamento, minha esposa, Lourdes, não saiu do hospital nem por um minuto. Cinqüenta e dois dias sem ”colocar os pés na rua”, o tempo inteiro ao lado da filha.

Após essa segunda cirurgia, Fabiana passou por mais três (foram cinco no total), contraiu uma infecção grave, teve que implantar um filtro na veia cava em função de outros trombos que foram detectados nas suas pernas, enfim, um verdadeiro “calvário”.


Hoje, um ano depois, estamos aqui para louvar e agradecer a DEUS, para agradecer a poderosa intercessão do , pois nossa filha está VIVA, está em casa, ao nosso lado,falando e andando (ainda que com dificuldades e com outras pequenas seqüelas), contrariando todos os prognósticos médicos.

Estamos relatando esse fato para dar nosso testemunho e para dizer ainda que muitas outras coisas maravilhosas aconteceram nesse período, e que os sinais de DEUS na nossa vida são visíveis, inconfundíveis.

Você que está lendo esse relato, esse testemunho, conhece a passagem do Santo Evangelho que fala sobre a ressurreição de Lázaro?

E a passagem do Santo Evangelho que fala sobre a cura da febre da sogra de Pedro?

E a passagem do Santo Evangelho que fala sobre a ressurreição da filha de Jairo?

Pois bem: estamos aqui para dar testemunho de que essas narrativas são verdadeiras, não porque vimos, pois evidentemente não estivemos lá, não presenciamos os fatos. Mas sim porque o mesmo aconteceu conosco, com nossa filha! Hoje somos como Jairo, somos como Pedro, somos como Marta e Maria!

Felizes aqueles que acreditaram sem terem visto!”

SÉRGIO, LOURDES, FABIANA E RAFAEL
Belo Horizonte, Agosto de 2009.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DESEJO DE VOLTAR À VIDA!



Meu nome é Denise e tenho 48 anos. Em março de 2008, recém saída do hospital por causa de Dengue tive um AVC isquêmico. Sentia muitas dores de cabeça, mas os médicos diziam que era assim mesmo, que a dengue causa esse desconforto. Depois do almoço, meu corpo desfaleceu. Senti que algo ruim tinha acontecido e chamei um táxi e fui direto para o hospital.

Fiquei 3 dias no CTI e mais 7 no hospital. Enfrentei tudo com muita coragem e com a certeza que tudo voltaria ao normal. Fiz mais de 52 sessões de fisioterapia, o que me trouxe a mobilidade do lado esquerdo e a correção da boca. Nunca tive pressão alta, minhas taxas de sangue estavam todas ok. Fui atleta e sou professora de dança Flamenca. Esse AVC por dissecção de carótida deixou sequelas na mão e perna esquerdas, o que me impediu para a dança, mas o que mais me incomoda é a sequela psicológica. Já se passaram 3 anos e ainda me sinto incapaz para viver a vida plenamente.
Apesar de não ter parado de dar aulas, de continuar a administrar uma casa e família me sinto faltando um pedaço, sem encaixe nas coisas, nos lugares. Me abrigo na NET (me drogando com filmes que nada dizem) e ajudando minha filha de 10 anos a fazer os deveres de escola. Nada que tento fazer para me dar prazer alivia o buraco interior. Não consigo definir objetivos e vivê-los. Alguém pode ajudar?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Isquêmico + hemorrágico


Eu sou Juliana Silveira,32anos,avc aos 31,mais minha história de luta não começou ai,começou aos três anos com um diagnostico de um tipo de distrofia e uma sentença de morte. Me deram três meses d vida,ai começou a luta dos meus pais ainda bem que não desistiram de mim, não deram ouvidos pra esses médicos que acham que e Deus, e essa luta deu certo eu cresci  só com um pouco de fraqueza muscular,foi minha primeira vitória. 

Dia 30 de janeiro de 2010, 9:30 da manha minha mãe passa perto de mim e pergunta o que eu tinha ai eu disse nada ela me segurou,  me sentou e não levantei mais ,mas a consciência não perdi. Ao dar entrada no hospital tive outro avc, o avc isquêmico seguido do hemorrágico. Eu nao sabia o que me esperava, não tinha ideia ,ai tive que aguarda a cirurgia de implantaçao de marcapasso .o momento mais difícil sair do hospital numa cadeira de rodas,foi ai que a ficha caiu. 

Tinha acabado de me  formar ,comprado meu carro,ai vem a vaidade,nao poder usufruir nada que conquistei. um ano na cadeira de rodas e 8 meses pra ver os primeiros movimentos do braço,hoje estou super bem andando o braço quase todo recuperado, essa doença dói a alma, perdi a vaidade e alegria de viver por um bom tempo,mas ganhei grandes amigo se descobri também que os antigos são maiores ainda,e a família sem comentários também .o segredo da recuperaçao ta dentro de cada um de nós que lutamos pra recuperar e Deus.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dor de cabeça: o começo



No dia 03/05/2007 foi o meu avc...tava sentindo uma terrivel dor de cabeça e qdo levantei senti a minha perna adormecida..Fui cambaleando pra cama e dai eu não me lembro de nada..quem me achou foi a minha mãe...chamaram a Unimed e eles acharam que eu tinha tomado um monte de remedio...

Fiquei quase um dia no hospital, quiseram me levar pra area psiquiatrica...ate que um otimo medico me examinou e eu estava com avc...Fiquei 3 dias na UTI, e 12 no hospital...Foi um processo bem lento...eu não coseguia falar, nem expressar...tive fisioterapia todos os dias em casa durante 1 ano.. Tive tb fonoudiologa por uns 6 meses...no começo eu so chorava...não tinha mais razão pra viver...mas nada que o tempo não cure..

Hoje ainda faço a fiosio, e a hidroterapia numa clinica..e claro que ninguém gostaria de passar pelo que passamos, mas foi nos dado mais uma chance, então vamos viver!!!!

Simone de Borba Colzani 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Perseverança na Luta,



Oi gente lembram de mim, Suely a Misquita, a Su, diferente assim ninguém esquece. Erraram no cartório mas prosseguiu.

Hoje parei pra pensar nesse um ano e oito meses de avc, tempo esse que parece uma eternidade, mas que mudou minha vida, alguém pode pensar pra melhor ou pior? Olha por íncrivel que pareça apesar dos pesares, hoje sou uma pessoa mais habilidosa em tudo que faço, exemplo, amarrar cadarço de tênis com uma mão só, tenta pra ver, vc que usa as duas, qq um pode tentar, vai entender porque me entusiasmo, não é fácil mais é possível, vestir roupa sozinha, cozinhar,  as vezes da uma esquentadinha nos dedos, mas persisto e vou até o fim, não fica por ai, esses dias cortei um frango olha a habilidade da pessoa, não foi sempre assim, mas aprendi que posso viver e continuar lutando diante dessas limitações, a família grupo de sobreviventes, são pessoas, amigos que aprendi a amar de amor, porque de paixão não vale porque paixão é passageira, ontem fiquei feliz de saber como se faz uma tábua para facilitar o corte dos legumes aprendi com uma irmã da família sobreviventes, afinal uma boa cozinheira precisa de uma tábua, rsrs. 
Olha, não desistam existe vida após avc, podemos fazer tudo, passear, dançar, cantar, e o melhor continuar vivendoo, sou feliz sim depois do avc, somos humanos, as vezes dá um desânimo é porque somos ansiosos em querer logo a tão grande cura, mas enquanto não chega, vamos viver eu era uma pessoa que só pensava em trabalho, hoje posso cuidar dos meus filhos Luan e Lívia, que me ajudam, posso viajar quando quero pois adquiri um tal de passe livre interestadual, e intermunicipal que me deixam viajar de grátis, direito nosso, pois já basta de tantas coisas ruins, posso sair de casa, andar, foi terrível o tempo que passei numa cama, de fralda, tomando banho de gato, hj eu acho graça das coisas engraçadas, quedas por não saber andar, tenho hemiplegia esquerda, sequelas que posso carregar por um tempo que não me interessa qto tempo seja aprendi a viver, aprenda vc também a viver depois do avc, vc pode, mas olha eu só consegui tudo isso essa independência porque Jesus está ao meu lado, me segurando, me guardando e livrando de todo mal, Ele sim tem o amor que preciso, o amor ágape, o mais sincero, o mais puro e incondicional, Força força sempre, não desista de lutar e mais não desista de crê, o possível você faz o impossível coloca nas mãos DEle porque pra Ele tudo é possível, ao que crê mais fácil ainda, Espero logo poder contar mais vitórias, um grande beijooo.

Pra finalizar, uma oração...

Pedi força e vigor Deus me mandou dificuldades para me fazer forte
Pedi sabedoria Deus me mandou problemas para resolver
Pedi prosperidade Deus me deu energia e cérebro para trabalhar
Pedi coragem Deus me mandou situações para superar
Pedi amor Deus me mandou pessoas com problemas para eu ajudar
Pedi favores Deus me deu oportunidades

Não recebi nada do que queria,
Mas, recebi tudo o que precisava!


Deus, Senhor de toda a força e poder, dá - me hoje a
Segurança do Teu temor e a certeza de que estás comigo.
Peço ajuda e Proteção nesta hora tão difícil de minha vida.
Preciso de Tua assistência, do Teu Amor e de Tua Misericórdia.
Tira de mim o medo, tira de mim esta dúvida, esclarecendo
O meu espírito abatido, com a luz que iluminou o Teu Divino
Filho Jesus Cristo, aqui na terra.
Que eu possa perceber toda a grandeza de Tua presença em mim
Soprando o teu Espírito dentro de mim, para que eu me sinta
Hora por hora, minuto por minuto.
Que eu sinta o Teu Espírito e Tua Voz dentro de mim e ao
meu redor.
Em minhas decisões e no decorrer deste dia, que eu sinta o Teu
maravilhoso poder pela oração e com este poder,
Espero pelos milagres que podes realizar em favor dos meus
problemas.
Não me deixe, levanta meu espírito, quando me encontrar
abatido.
Entrego - te neste dia a minha vida e a da minha família.
Livra - me de minhas moléstias ainda que seja por milagre,
Obrigado meu Mestre, meu Senhor, meu Irmão e meu Amigo.
Sei que vais me dar a solução de que tanto preciso e desejo
Amém!!!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Renascimento

Tenho 51 anos, experimentei a fatalidade de ter um AVC com 46 anos de idade.
Sempre fui muito ativo, inquieto, viajava muito, trabalhava muito também. sou casado, tenho mulher, filhos, pai e mãe (graças a Deus) e irmãos. deparei-me diante de uma situação horrorosa, perdí o chão (pensava eu), fiquei muito traumatizado com essa nova vida. e agora? o que vai ser de mim e da minha familia? chorava muito ao ver o sofrimento da minha mulher, tirando forças não sei de onde, o sofrimento dos filhos e familiares à minha volta. com o apoio e o amor deles e com as sessões de fisioterapia fui tendo uma certa melhora, conseguia raciocinar com mais clareza. eu precisava RENASCER, não queria me acomodar com aquela situação, precisava voltar a ser útil. 
Comprei esse PC que uso agora, fui aprender a transformar fitas de vhs para dvds e discos de vinil pra cds. tinha que preencher o meu tempo, aliando produtividade com obter novos conhecimentos. fui agraciado por Deus novamente, permitiu-me olhar a vida de um lado que poucos conhecem. sou sequelado, limitado com os movimentos do lado esquerdo, porém totalmente independente. depois do AVC terminei o ensino médio, prestei vestibular e faço administração numa faculdade de Ensino a Distância (não pretendo exercer, só adquirir novos conhecimentos, preencher a mente), renovei minha CNH, dirijo um veiculo automático, colaboro significativamente com a renda familiar (fruto desse meu novo trabalho) e me sinto completamente útil agora. nada disso teria acontecido se eu tivesse me acomodado com a situação criada pelo AVC, mas impossível seria o meu RENASCIMENTO se não tivesse o amor da minha familia (principalmente o da minha mulher) e me apegar definitivamente nos ensinamentos de Deus. Deus nos permite renascer a cada dia, só nos resta saber aproveitar essa graça. abraços. Rubens.

Lutar sempre




Olá, espero poder dividir um pouco do que vivi e ainda tô vivendo depois do avc, com vc que está lendo minha história é uma honra poder compartilhar com alguém, algo que passei.. 


Me chamo Suely, tenho 32 anos e sou uma sobrevivente de avc.

Era dia 02/01/2010, todos festejavam o ano novo que acabara de chegar, eu estava na fazenda do meu sogro no Goiás, com meus filhos Luan Victor de 5 anos e minha filha Lívia de 11 anos, e meu esposo Lucimar, todos festejavam, daí estava com meus cunhados embaixo de uma árvore na frente da casa sorrindo, brincando qdo resolvi tomar um banho, porque estava muito quente. Eu tinha chegado de Palmas no Tocantins, onde saí do meu trabalho pra passar umas férias curtas, férias essas inesquecíveis porque até hoje não voltei pro trabalho. Por causa desse tal avc; terminei o banho e pedi pra minha sobrinha Jackeline arrumar meu cabelo, fui escovar o cabelo, quando acabou de escovar pedi a minha filha que trouxesse a câmera pq haviam ficado lindos meus cabelos. 


Empolgada comecei a tirar fotos eu mesma, fui até a janela do quarto, olhei a paisagem, bati uma foto e pedi pra minha filha pra ver como a foto havia ficado. E ela disse: "Mãe, sua boca tá torta o que foi?" Eu disse não está deixa eu ver. Resolvi pegar meu filho Luan que estava na cama; chamei-o ele correu na cama mesmo. Daí fui pegá-lo não consegui estender o braço, coloquei o joelho na cama não consegui também. Foi horrível este momento quase cai, meu esposo entrou no quarto e me segurou antes q eu caisse eu lembro que não saiu a voz, mas pude pedir meus remédios apontei onde estavam. Minha filha pegou trouxe água e resolvi por impulso tomar um comprimido de pressão e um Somalgin, tipo AAS, não ficava mais de pé, logo veio meu cunhado e disse vamos pro hospital, junto com meu esposo. 

Eu retruquei: "não vou não, vai passar, tô bem". Insistiram e eu não tive escolha, nem opção pois não conseguia sair do lugar. Me recordo que estava com a mala no carro ainda e como tinha saido do banho so deu tempo de vestir um vestido curto e fresquinho e como estava sendo carregada minha cunhada foi pegar uma calça e me acompanhou, fomos, sai de dentro de casa carregada arrastadapor meu cunhado e meu esposo até o carro dele, tinha a estrada de chão e o carro q estava mais acessível no momento era o dele, lembro-me que fui acompanhada por minha cunhada Sueny e meu esposo, não fomos a cidade mais próxima pois não tem hospital, fomos pra que fica a 22 km chegando lá nada de hospital com plantão estavam todos festejando acredito eu, foram seguindo até Ceres a próxima q talvez tivesse alguém. Paramos num hospital, onde havia uma médica que graças a Deus era Neurologista, lembro que a mesma ficou assustada ao me ver , nunca esqueci sua expressão de assustada, fez o atendimento padrão e ouvi ela dizer que eu estava tendo um avc e necessitava de uma uti com urgência pois nem tinha um ano q havia passado por uma cirurgia cardiovascular ela viu a cicatriz e perguntou ao Lu, quando olhei naquela médica pela fisionomia dela confesso que pensei tô morrendo. Ela disse ao meu esposo ela precisa ser tansferida pois aqui não temos recurso pra atendê-la, eu não conseguia me mexer foi horrível pensei tô morrendo, só pensava nos meu filhos que ficaram na fazenda. O Lu disse nós vamos embora amanhã pra casa em Brasília, então podemos ir hoje agora, ela disse não NÃO pode ela não sai daqui de carro só de ambulância, UTI móvel, apesar de estar daquela maneira, ouvia tudo, Deus não deixou que me faltasse a conciência, não sabia o que estava acontecendo só que eu não conseguia me mexer, e estava numa cama de hospital tomado medicações e que a médica estava aflita com tudo aquilo, minha cunhada permaneceu ao meu lado o tempo todo, eu só pedia a Deus que não me deixasse morrer, pois meus filhos precisavam de mim, foram atrás de saber de ambulância, conseguiram uma do SAMU pensei agora tudo vai caminhar, agradeci a Deus, ai veio a médica ela só sai daqui quando me garantirem uma UTI pra ela, lembrei que tinha o número do celular do cardiologista que havia me acompanhado no hospital que fiz a cirurgia cardíaca Dr. Hélio Bezerra, o Lu ligou e passou pra Dra. ele não estava de serviço naquele dia mais ligou pro plantonista e confirmaram minha vaga, o Lu disse pronto agora vamos, pensei UFA graças a Deus, daí disseram que a ambulância precisaria fazer um trajeto maior por causa de protocolo.



Os enfermeiros vieram colocar uma sonda, e vários acessos, disseram q era caso houvesse uma emergência, foi uma longa viagem passamos por um outro hospital por causa do tal protocolo, só me lembro que a viagem foi horrível, balançava muito, eu não conseguia urinar por causa da sonda, eu queria chegar pra tirar aquilo de mim...



Depois de longas horas enfim chegamos, eu vi, minha irmã assim que me desceram da ambulância me senti melhor é como se fosse uma mãe pra mim, naquele momento consegui falar, perguntei por meus filhos, ela disse não se preocupa estão bem, me levaram pra UTI, eu pedi tira essa sonda disseram, não pode porque você não levanta tem que ficar, eu pedi que chamassem a Conceição esposa de um colega de trabalho que é enfermeira naquele hospital, ela veio, eu pedi :Conceição pelo amor de Deus pede pro médico autorizar tirar essa sonda, ela me deu aquela força, veio o Dr. de plantão e ficou pergutando, pra mim, qaue dia é hoje?, eu respondi dia 02 de janeiro, pergutava várias vezes, eu não entendia mas respondia, perguntou qual seu nome? eu disse Suely, ele: Suely de quê? eu: Suely Misquita, toda hora perguntava a mesma coisa, tava um saco, eu já era conhecida do hospital pois antes da cirurgia cardíaca fiquei longos dias internada lá, comecei a ser levada a fazer exames. 2 dias depois não tinha caído a ficha do que eu estava passando, resolvi levantar pra ir ao banheiro, sabe o que aconteceu? Cái. 


Correram pra me levantar e chamar minha atenção eu não podia acreditar no que estava vivendo ao sair os resultados diagnosticaram que a válvula mitral que ora foi trocada em janeiro de 2009, apesar de ser uma prótese biológica, fatalmente deu um trombo que foi ao cérebro, causando o avc, permaneci 7 dias naquela UTI, fui para o quarto e fiquei 2 meses internada lá, tomando anticoagulante duas vezes ao dia fora os demais remédios eram tantos, pra ver se o tal trombo diluia daquela válvula, cogitaram abrir-me novamente pra trocar a válvula novamente quase enlouqueci só de pensar na possibilidade de passar por uma nova cirurgia cardíaca novamente, meus irmãos foram atá a fazenda buscar meus filhose o carro, ficaram todo o tempo que permaneci no hospital na casa do Marcos meu irmão, um pai pra mim, cuidou direitinho deles, ele mora a 75km de Brasília então todo esse tempo não via meus filhos, foi duro, sentia tanta falta, eu não entendia os conflitos, o neurologista não queria que usasse o anticoagulante e o cardiologista não abria mão é assim até hoje, porque quem tem prótese biológica não precisa mais fui premiada, então prefiro concordar com o cardiologista., enfim estava ansiosa pra sair do hospital, pedia tanto a Deus, mais enquanto o trombo não sumisse não teria a alta, orei ao Senhor pedindo que me deixasse sair daquele lugar, queria minha casa, meu filhos, minha vida de volta, eu dizia que meu ano não tinha começado ainda., mas me recusei sair do hospital de cadeira de rodas, aprender a andar de novo como uma criança, foi um grande desafio, segurei ao Lu mas nãoo sai de cadeira de rodas.


Desde o ínicio fiz fisioterapia, agradeço tanto ao fisioterapeuta Thiago pela sua insistência, perseverança, profissionalismo pra que eu fizesse as sessões naquele hospital, porque teve um momento que eu não aguentava mais, e ele não saía do meu quarto sem que eu fizesse a sessão,me fazia rir, fazia meus dias serem menos difíceis


Até hoje somos amigos, sempre que preciso de um help, recorro a ele, quando sai do hospital finalmente não tive mais o Thiago mas encontrei a Rita uma ótima fisioterapeuta, igualzinho ao Thiago, me ajudou tanto, chega um ponto que você não aguenta mais fazer fisioterapia.
O pior do avc, é que todos os seus amigos te abandonam, quem você acha que é seu amigo te esquece, sofri tanto psicologicamente, acho que é a maior sequela até um dia que resolvi fazer terapia ocupacional onde conheci a Flávia, uma excelente T.O, que me fez enxergar que eu podia viver mesmo com as sequelas, pois eu dizia que minha vida tinha acabado, voltar pra casa, mas não consegui tomar banho cuidar das crianças doeu, ela me disse que eles tinham o mais importante pra mim meu amor.


Caí de cara na net não saia de casa, pra nada, chegavam visitas nem olhar pra elas olhava, chorava todos os dias daí resolvi fuçar umas comunidades no orkut, onde descobri o grupo, lá tem um chat, onde comecei a ter uma nova família, amigos que me entendiam porque estamos no mesmo barco.

Depois de Deus, minha mãe e minha família a família sobreviventes são um tudo pra mim, amo todos, meu sonho é conhecer todos pessoalmente, amigos verdadeiros são os que chegam quando os outros saíram.
Ainda não sou independente como antes mais existe um médico dos médicos que renova minha fé a cada nascer do dia com a esperança que um dia não serei uma sequelada de AVC.


Sofro porque nos afazeres de casa quem me ajuda são meus filhos, são crianças, mas me ajudam como gente grande, o Luan , é menor mais é muito carinhoso comigo, faço o que dá, mas consigo auxiliá-los dai fica mais fácil.
Estou viva, pra contar e o resto a gente corre atrás.


Obrigada pela oportunidade de conhecer vocês!!!
Lembrem-se Lutar sempre, conquistar talvez, desisti jamais. fé em Deus sempre.
Beijos
Su

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

AVC une ou destrói...



Em fevereiro do  ano de 2009 meu avô morreu após 5 derrames.E no dia 12/04/2009 minha mãe teve um avc isquêmico. 
Ela já não estava se sentindo bem algum tempo e os médicos suspeitavam de labirintite.Vivia dormindo por causa do peso na cabeça, já nem tinha alegria. Na madrugada véspera da pascoa ela pediu para ir ao banheiro pois não estava conseguindo levantar, meu pai foi me acordar para ajuda-lo quando a vi gelada, suando.Achei que poderia ajudar dando um anti coagulante ela teve convulsão.Imediatamente chamei o samu.
Quando coloquei ela na cama já não estava falando mais e nem tinha mais o movimento do lado direito.Como era feriado neste dia não tinha neurologista no hospital e ela ficou no corredor até conseguir um quarto pra ficar,nesse tempo eu não me esqueço até hoje seus olhos viraram,sua boca entortou.Me deu uma agonia de ve-la naquela situação sem poder fazer nada.
Logo no 1 dia foi colocado a sonda.Eu orava a deus todas noites pra me dar forças e não chorar na frente dela pra ela não ficar mais triste.Ficou dormindo dias direto não via nada que acontecia.ficou 1 mês internada.
Nessas horas a gente sabe quem é amigo da gente pois fiquei 37 dias dormindo no hospital sem voltar pra casa pois ninguém da minha família queria ficar lá. Foram dias difícil passavam todos os dias chorando pedindo a deus sua recuperação.
Minha irma trouxe para mim uma bíblia que deixava aberta sobre a cama da minha mãe. Os dias passavam e como era triste ver as pessoas que estavam ali morrendo, dava um desespero.
Quando voltou pra casa tive que aprender a dar banho na cama fazer a comida da sonda, arrumar a casa e fazer as fisioterapia com ela. Minha mãe demorou para falar e quando falava era difícil de entender.Para ficar em pé demorou uns 4 meses mas o lado direito ainda esta comprometido..
O derrame ele une a família ou destrói. Hoje na minha casa não vem ninguém , sem somos convidados para festas , os amigos se afastaram e minha mãe vive em depressão chora muito porque era uma mulher ativa, trabalhadora ,mas graças a deus sempre estive em pé com forças para lutar por ela procurando meios de reabilita-la.
Por isso eu digo nessas horas a família fica unida em prol da melhora daqueles que amamos e se as pessoas sumirem não sinta raiva delas só sabe o que passa com a gente quem já passou por isso, não podemos cobrar dos outros ajuda e sim solidariedade , mas se mesmo assim for difícil devemos seguir a vida sem magoas que Deus dará vitória.
Um abraço a todos que estão passando por esta luta que não desancoragem jamais 

Cristiane Gomes Pereira


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